Conto: A máscara da Morte Rubra, Edgar Allan Poe, 1842.
Edgar Allan Poe, o
mestre do suspense, nasceu em 1809 e faleceu em 1849, mas, em seus poucos anos
de existência, agraciou a humanidade com diversos contos assombrosos. Em 1842,
foi publicado o conto A máscara da Morte Rubra, pertencente a uma coletânea de
contos que compõe o livro Histórias Extraordinárias.
Nesse conto,
determinado reino, não identificado pelo autor, foi acometido por uma peste
terrível que fazia suas vítimas sangrarem até a morte, razão pela qual foi
denominada Morte Rubra. Temendo a doença, o soberbo príncipe Próspero se isolou
em sua abadia com uma centena de convivas.
Destarte, passados
meses de isolamento, o príncipe Próspero resolve promover um baile,
extravagante e luxuoso. A festa acontecia em um ambiente divido em sete salas,
todas com cores diferentes, sendo que a última apresentava uma decoração
completa em preto e seus vitrais eram de uma cor purpúrea, deixando a sala com
um tom avermelhado sombrio.
Além disso, esse
ambiente possuía um relógio de ébano que, quando o carrilhão tocava, emitia um
som estridente que aterrorizava todos os convidados, parando o baile com seu
tinido medonho. Dessa forma, ao badalar da meia-noite, o relógio novamente
produziu seu som grotesco, ocasião em que um novo integrante foi percebido no
ambiente.
Todavia, esse integrante
vestia-se com uma mortalha negra, com respingos de sangue e usava uma máscara
vermelha que remetia a Morte Rubra. Tal vestimenta, de imediato, insultou o
príncipe Próspero que determinou que seus convivas agarrassem o desconhecido,
mas aqueles sentiram profundo terror.
Em seguida,
inconformado, o próprio príncipe atravessou as sete salas em direção à figura
medonha que se dirigia ao aposento negro, quando a alcançou, bradou a espada e
caiu no chão, desfalecendo em sangue até sua morte. Após, os convidados
tentaram segurar a figura desconhecida, contudo, constataram que não havia um
ser humano embaixo das roupas e, um por um, todos os presentes no local caíram
mortos.
Desse modo, o conto de
Poe (1842) surpreende e amedronta seus leitores, provocando sensações
indizíveis no interlocutor. O ambiente sombrio criado pelo autor, com minucias
admiráveis, característica marcante de sua escrita, rememora as construções
góticas e é responsável pelo clima de suspense presente em todo o texto.
Ademais, Poe (1842) trabalha
com o tema da morte de forma brilhante, assunto tão recorrente em suas obras,
pois insinua que, embora se tente fugir, ela sempre chegará. Por conseguinte, a
originalidade de sua escrita lhe concede o título merecido de mestre do
suspense, uma vez que incute terror ao leitor, assegurado por ambientes
sombrios e temas mórbidos.
Além de tudo, no conto
em questão, a surpresa gerada pelo desconhecimento da figura invasora que, ao
final, se revela como a própria Morte Rubra, não deixa a obra monótona, fazendo
o leitor ansiar pelo desfecho. Portanto, a obra de Poe (1842) é assombrosa,
inovadora e se perpetua no tempo.
Conto muito interessante e mórbido, que foi adaptado algumas vezes para o cinema e a televisão. Edgar Allan Poe acabou por se consagrar como um mestre do horror gótico americano. A riqueza de detalhes da resenha, proporciona um bom lembrete de porquê o conto em questão merece ser relido muitas vezes.
ResponderExcluirobrigada por seu comentário :)
ExcluirOlá Luiza! Muito legal você trazer um conto do Poe, assim como o colega que comentou anteriormente, os detalhes da obra que você colocou me fizeram relembrar quando a li a primeira vez. Realmente ele consegue deixar a gente apreensiva e com aquele frio na barriga.
ResponderExcluirobrigada :) eu adoro os contos do Poe e esse clima de suspense que eles sempre trazem
ExcluirLuiza, adorei sua resenha e acho que você interpretou e detalhou muito bem este conto de Edgar Allan Poe. Também me vi admirada com o medo e o suspense que esse conto nos atribui. É ótimo!
ResponderExcluirmuita obrigada :) busquei passar todo o sentimento de horror que o conto me transmitiu
ExcluirEu li esse conto já faz algum tempo,e gostei muito como você interpretou a obra,comentando acerca do tema da morte que,assim como você disse,se faz muito presente nas obras de Poe.Sua resenha me deu vontade de reler esse conto.
ResponderExcluirobrigada pelo seu comentário :) esse conto é fantástico e sempre merece ser lido diversas vezes
ExcluirAo ler sua resenha, que a propósito achei muito bem escrita, percebi por suas palavras como devemos aproveitar a vida, pois a morte um dia chega para todos nós. Esse tema é muito retratados nos contos so Poe e você a exemplificou muito bem.
ResponderExcluirobrigada pelo seu comentário :) o tema mórbido muito presente nas obras de Poe sempre me fascina e causa calafrios
ExcluirParabéns Luiza, sua resenha ficou incrível. Gostei muito, fácil leitura e boa análise do conto. Me deixou até com vontade de ler.
ResponderExcluirobrigada :)
ExcluirSua resenha ficou otima! Adorei! Parabens!
ResponderExcluirobrigada :)
ExcluirLuiza, adorei sua resenha, ficou incrível. Gostei muito da análise que você fez acerca do conto.
ResponderExcluirobrigada :)
ExcluirTenho alguns livros do Poe, conhecido por Belchior como o poeta louco americano. Fui atraído pelo nome do conto, assim como fui pelo Escaravelho e o Corvo. São realmente muito bons os contos deles, ótima resenha.
ResponderExcluirSua resenha ficou perfeita, Luiza. Você destacou pontos que me deixou intrigada a ler este conto.
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