sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Resenha: Titanic (1997)


                  Exatos 23 anos após seu lançamento, Titanic, o filme norte-americano sobre o famoso transatlântico britânico do início do século 20, continua extremamente popular. Lançado em 1997, a película foi vencedora de 11 Oscars, feito conquistado por apenas outros três títulos. Foi o filme mais caro a ser produzido até então e também se tornou a maior bilheteria da história do cinema, feito que se manteve por 12 anos. Lançou ao estrelato a carreira de Kate Winslet e Leonardo DiCaprio, e sua música tema, cantada pela cantora canadense Celine Dion, manteve-se em primeiro lugar nas paradas de mais de 20 países ao longo de 1998.

                  O diretor James Cameron, conhecido pelos bem sucedidos O Exterminador do Futuro (1984) e Aliens (1986), aventurou-se no fundo do mar para obter filmagens reais da embarcação. Foram gastos milhões de dólares em figurinos de época, em efeitos de computação, alguns deles pouco usados ou que tiveram de ser criados do zero; e na construção de sets de filmagem, fazendo uso das plantas originais do navio, fornecidas pelo estaleiro irlandês que o construiu. Tudo isso contribuiu para que o filme se tornasse um blockbuster de números impressionantes. Porém, por que a história da um desastre que vitimou 1500 pessoas há pouco mais de um século se mantém tão popular na memória coletiva?

                  Para se obter um resposta satisfatória, são necessárias algumas considerações. A primeira delas é o tema abordado na obra. Cameron(1997) não apenas dirigiu, mas também escreveu o roteiro e de acordo com suas palavras: "...é uma história que trata de dor, da perda e do sacrifício." Para que a tragédia real fosse sentida com mais força, era necessário que ela ficasse evidente na parte ficcional do filme. É possível afirmar que o diretor foi bem sucedido em sua narrativa. Titanic segue vivo no zeitgeist atual, sendo fonte de incontáveis memes na internet, e referência cinematográfica em questão de qualidade e pioneirismo.

                  Chamada de "inafundável", a maior embarcação de então, afundou em sua viagem inaugural. A tragédia real atravessou décadas de acontecimentos históricos, sem nunca ser esquecida, exatamente por suas características tão improváveis de acontecer. A genialidade humana foi mais uma vez destruída pelo acaso. Justamente por ser tão improvável, tão inesperado e tão impactante, tal evento solidificou-se no imaginário popular. O Titanic se tornou "inafundável" somente após ter afundado, e ironicamente, o filme que era considerado um possível fracasso antes do lançamento, se tornou o maior sucesso comercial de Hollywood.



Paulo Figueiredo Reges, graduando de Letras Inglês da Universidade Federal de Goiás

5 comentários:

  1. Titanic é um filme muito bom, já assisti algumas vezes e se eu ver que está sendo transmitido, assisto outra vez. Apesar de ser mais velho consegue até hoje despertar curiosidade nas pessoas. É um filme emocionante e com uma trilha sonora marcante. Parabéns pela resenha.

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  2. Adoro Titanic e toda a emoção que o filme trouxe para a tragédia real. É um filme marcante, que se seguirá por muito mais tempo! Adorei sua resenha, Paulo!

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  3. Por mais que eu me considere um entusiasta do cinema, apenas assisti pequenas partes desse filme. Sua resenha foi ótima e me deu vontade de assistir ao filme todo. Bom trabalho, Paulo!

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  4. Gosto muito do filme Titanic,todas as vezes que assisto ainda me impressiono com a qualidade das filmagens,principalmente durante as cenas de naufrágio no final do filme.Achei muito interessante você comentar sobre a produção do filme,prêmios e etc.Muito boa a resenha,parabéns.

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  5. Olá Paulo! Sou uma grande fã de cinema e esse filme é um grande sucesso e um marco nas telonas. Adorei como sua resenha trouxe informações relevantes e enalteceu esta obra. Lendo seu texto, tive vontade de assistir outra vez, afinal já faz 84 anos que eu não assisto Titanic. Parabéns pela resenha.

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