domingo, 25 de junho de 2017

Resenha: A Guerra dos Tronos, GRRM.

AS CRÔNICAS DE GELO E FOGO – A GUERRA DOS TRONOS”
MARTIN, George R. R. A Guerra dos Tronos. Editora LeYa. 2010.

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Ilustração da capa de A Guerra dos Tronos de George R. R. Martin
fonte retirada: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrheQalYOdaddfmvIUevkpwh_lIk-1m7hp42rePG27B-3ufFzUkP5_zJ-a-Zq9Bgoc3GlKGGEbq7zSip5huDN_ytt_fCYKJX-qGY7EnbiZYWASKa8X2_-GFZkK23b9Of2ZKhkDrAyjQSQW/s1600/A-Guerra-de-Tronos.jpg

A história gira em torno dos conflitos que ocorrem nas terras de Westeros, envolvendo atritos entre grandes famílias, a disputa pelo Trono de Ferro, a ameaça dos últimos remanescentes da família Targaryen, e os rumores da agitação das criaturas sobrenaturais além da Muralha.

   A trama é composta por inúmeros personagens, alguns protagonistas, que tomam as rédeas da história. Ao invés de ser dividido em capítulos, o livro é dividido em pontos de vista dos personagens principais. É a partir da perspectiva deles que o narrador, um narrador onisciente, manipula o leitor por entre o enredo. Essa tática de foco narrativo permite ao leitor se aproximar mais intimamente dos personagens que tomam a palavra na narrativa, conhecendo seus medos, suas dúvidas e suas suposições. Essas características da obra de Martin garantem a ela o título de um dos melhores romances de fantasia épica.

    O livro “A Guerra dos Tronos”, segue três linhas de histórias principais simultaneamente. Onde se entrelaçam disputas entre grandes e nobres famílias, jogos de interesses, mentiras mortais e segredos que seria melhor ninguém descobrir. Guerras pelo cobiçado Trono de Ferro, promessas de vinganças, ameaças de criaturas sobrenaturais e mágicas, como os grandiosos dragões até mesmo zumbis. Do frio e solitário Norte ao caloroso e vivo Sul e até mesmo além dos mares para as terras além de Westeros. A Guerra dos Tronos promete envolver e atiçar a vontade de leitura de qualquer um que se aventure por essas páginas.

   A obra de GRRM impressiona pela forma como, mesmo sendo uma narrativa maçante e longa carregada de detalhes e personagens dos mais variados, tem uma fluidez suave e se desenvolve de uma maneira muito natural. A gama de histórias se desenrola bem, nos permitindo explorar oito perspectivas diferentes, nos aproximando de maneira muito íntima de cada personagem que recebe a palavra no livro, fazendo-nos conhecer seus medos, seus anseios, suas impressões e suspeitas, e até mesmo o modo como eles enxergam os outros personagens ao seu redor.

    A mitologia e outros aspectos da obra, como o modo como as estações do ano são definidas, também chamam a atenção por sua complexidade e pela forma como Martin as trabalha, não deixando que fiquem impostas de forma forçada na trama, se encaixando perfeitamente na história, estimulando ainda mais a sede por mais páginas do livro. Podendo ter significados subjetivos e levantando indagações. “Por que os invernos são tão longos e rigorosos?”, “O que isso pode significar no plano subjetivo?”

   O livro apresenta uma satisfatória margem de agrado, abrangendo um público muito grande que varia de adolescentes a adultos, por se tratar de uma literatura impressionante, pela sua estrutura e seu conteúdo profundo e atrativo, impregnado de referências históricas reais. Disponibilidade rentável para qualquer classe social e em qualquer nível de escolaridade.

   George Raymond Richard Martin (Bayonne, 20 de setembro de 1948), é um roteirista e escritor de ficção científica, terror e fantasia estadunidense. É mais conhecido por escrever os livros de fantasia épica As Crônicas de Gelo e Fogo. Ele foi declarado uma das 100  pessoas mais influentes do mundo em 2011 pela revista TIME. Além disso, é escritor também de outros romances, novelas e livros infantis tais como, A Morte da Luz (1977), The Armageddon Rag (1983), Night of the Vampyres (1989), O Dragão de Gelo (1980), sendo indicado à premiações por vários de seus escritos.

   A série de livros também originou um seriado de TV ao qual recebe o nome do primeiro livro da saga, "Game of Thrones" 


Gildo Antônio Rodrigues Filho, Acadêmico do Curso de Letras Português da Universidade Federal de Goiás (UFG).

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Um arcabouço construído por momentos cativantes




Gilberto Mendonça Teles no Colóquio de Poesia Goiana

     Ao me perguntar o que representa a Universidade para mim, eu só consegui reviver uma emocionante recordação de uma época em que eu ainda não era estudante da UFG. Eu tive a oportunidade de crescer em meio às escolas que minha mãe lecionava e aquele ambiente, aquela energia, me deixavam fascinada, despertando em mim um sonho de seguir a mesma carreira. Contudo, devido a todas as dificuldades que minha mãe passou com essa profissão, por muito tempo eu não recebi apoio da minha família, já que está acreditava que deveria seguir uma carreira de maior “prestígio”.

     Entretanto, um simples ato bastou para me impulsionar nesse sonho. Minha mãe, como uma boa amante de livros, cultiva uma boa coleção de livros que muitas vezes deve ser renovada por conta do espaço. Em 2013, em uma de nossas "limpezas" em que retirávamos alguns livros para doar a algumas bibliotecas públicas, eu descartei uma coletânea de contos de Bernardo Élis que contava com uma seleção e análise rica de Gilberto Mendonça Teles. Me recordo com muito carinho a reação de minha mãe, que afirmou: "Esse livro devemos guardar, Bernardo dá nome ao seu futuro prédio de estudo e é essencial que conheça a sua produção, e Gilberto é um grande pesquisador que merece ser lido." Aquilo me chocou muito, pois foi a primeira​ vez que minha mãe aceitou a minha escolha de curso e sonhou junto comigo.      



     Agora já graduando no curso de Letras, eu tive duas experiências incríveis que me lembraram esse momento do passado. A minha primeira participação em uma pesquisa (a chamada PCC) está sendo desenvolvida em cima da obra de Bernardo Élis, e aquele mesmo livro, hoje é uma fonte de pesquisa para mim. Em segundo, no dia 12 de junho de 2017, eu vivi um momento emocionante. Nesta data eu tive a oportunidade de assistir Gilberto Mendonça Teles ministrando sobre "A crítica e a história literária na (Pós) Modernidade", no evento 1° Colóquio de Poesia Goiana oferecido pela Faculdade de Letras da UFG. Logo, estando ali, naquele auditório, a algumas fileiras de distância da mesa que Teles ocupava, eu tive a sensação de ter feito certo. Pode não ser a escolha certa para uma vida, só futuro me dirá, mas com certeza foi a escolha devida para esse momento. Portanto, concluo que para mim a experiência da Universidade, ultrapassou os limites do social e do profissional, e configurou-se como a vivência de momentos pessoais que me cativam cada vez mais.



Tropicalismo: disco-manifesto “Tropicália ou Panis et Circensis”

 
Capa do álbum "Tropicália ou Panis Et Circensis"

BEREMBEIM. Manuel. Tropicalismo ou Panis et Circencis. Produção de Manuel Berembeim. Vocal, vocal de apoio e instrumentos diversos de Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes, Tom Zé, Capinam e Torquato Neto. Arranjos e regência de Rogério Duprat. São Paulo. RGE, Phillips. 1968. 38min38s. Técnico de gravação: Estélio


Entre 1967 e 1968 os músicos Tom Zé, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes, o produtor musical Rogério Duprat, o maestro Júlio Medaglia, os escritores José Agrippino de Paula e Torquato Neto, o teatrólogo José Celso Martinez Corrêa e os artistas plásticos como Lygia Clark e Hélio Oiticica, entre outros, fizeram parte de um projeto criativo que resultou no disco-manifesto "Tropicália ou Panis et Circensis". Em um ano de aflição oriunda da Ditadura Militar, este grupo ousou propor um projeto antropofágico que transformou o cenário cultural brasileiro em 1968 com o lançamento do disco.

Contexto Histórico
O ano de 1968 foi de grandes tensões no país. As greves operárias e as manifestações estudantis – com a consequente repressão policial – se intensificaram. Culturalmente, o país fervilhava com as manifestações artísticas. Foi desenvolvido um estilo musical novo, a Tropicália, que tem por marco inicial o Festival de 1967, através da canção Alegria Alegria de Caetano Veloso. Apesar de desenvolver uma crítica social, o Movimento Tropicalista não possuía como objetivo principal utilizar a música como um meio de combate político à ditadura militar que vigorava no Brasil. Através da mescla de elementos tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas importadas da Europa, como o Rock, juntamente com a guitarra elétrica, a Tropicália foi um movimento nitidamente estético e comportamental.

A capa emblemática

       O disco manifesto do tropicalismo possui uma natureza diferente, em que letra, música, capa e texto da contracapa combinam-se perfeitamente exigindo um trabalho de decifração de quem o analisa. A imagem da capa, registrada pelo fotógrafo Oliver Perroy, tem como inspiração as fotos antigas de família. Mas é impossível não lembrar também de “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, álbum que incorporou à música arranjos e símbolos que vibrava psicodelia e serviu como inspiração à Tropicália. 

Capa do álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band",  disco que elevou o Rock à arte culta.

Cada artista possui um significado oculto na capa do LP.
Percebe-se que cada personagem tem um significado oculto. Gal Costa e Torquato Neto representam o casal de classe média. Tom Zé, com uma mala na mão, é o retirante nordestino e personagem da canção “Mamãe Coragem”. O arranjador Rogério Duprat segura um penico, uma alusão a Marcel Duchamp, escultor francês dadaísta. Os Mutantes empunham guitarras, símbolo da modernidade artística. Caetano exibe uma foto de Nara Leão, musa da bossa nova, Gil, outra de Capinam, poeta e letrista baiano. As palmeiras que aparecem nos cantos e no vitral reforça ideia tropical, junto com a moldura verde, azul e amarela que cerca a foto





Do título às canções

    O título do disco também pede uma decifração. O slogan em latim é arrevesado (circencis não existe nessa língua), mostrando que tudo inicia com humor. No entanto, tal título revela uma indagação: será função da arte desviar o povo dos seus problemas reais, como no tempo do pão e circo romano? “Miserere nobis” (Gilberto Gil e Capinam) abre o disco, a temática da música é a miséria, o clima de missa e a referência à política violenta bastante clara. A letra ainda associa Brasil, fuzil e canhão, deixando evidente que já não podemos mais ficar “calados e magros esperando o jantar”. No final da canção, ouvem-se disparos de canhão, que duram até o início da próxima canção. Aliás todas as faixas se sucedem sem intervalo, numa prática que após Sargent Pepper’s se tornaria comum na música pop.

      Em seguida, “Coração Materno” , canção de Vicente Celestino composta em 1937, é interpretada por Caetano Veloso de maneira melodramática. A terceira faixa, “Panis Et Circensis”, composta por Gil e Caetano e interpretada pelos músicos psicodélicos dos Mutantes, se tornou o grande hino do movimento Tropicália. Com uma letra que diz que as pessoas estão acomodadas e não percebem que a vida não é apenas nascer e morrer, deram um choque em toda a sociedade. O disco traz outros temas explorados pelos tropicalistas. “Lindonéia”, de Caetano Veloso, retrata uma vida suburbana e monótona, além de oprimida pela vigília policial. A realidade urbana e consumista aparece em “Parque Industrial”, de Tom Zé. Em “Três Caravelas”, versão da música cubana de Algueró e Moreau, remete-se às raízes comuns com a América espanhola.

     “Geleia geral”, de Gil e Torquato Neto,  mostra elementos que possuem uma identidade nacional. Por exemplo, em “Minha terra é onde o Sol é mais limpo/ Em Mangueira é onde o Samba é mais puro” remete à “Canção do Exílio” do poeta romântico Gonçalves Dias. O próprio título da composição remete a um texto do poeta concretista Décio Pignatari, que afirmava: “Na geléia geral brasileira, alguém tem que exercer as funções de medula e osso” - tarefa assumida pelos tropicalistas. A faixa “Enquanto seu lobo não vem” mostra que não são apensa os desejos políticos que estão sufocados pela ditadura, mas também os afetivos. A canção “Baby” de Caetano, que ficou conhecida no som d’os Mutantes, no disco leva a belíssima voz de Gal Costa, expressa o que eventualmente tachou os tropicalistas de alienados. “Baby” situa-se no âmbito da cultura pop, evocando o consumo a partir da Jovem Guarda (“… aquela canção do Roberto”) e com o contato com aquilo que é internacional (“Você precisa aprender inglês”) fazendo referências às inspirações para a tropicália, como os Beatles e os Rolling Stones.

     “Bat Macumba” é um poema concreto musicado, com uma frase que vai perdendo uma sílaba até chegar a uma sílaba somente, para assim voltar a ser reconstruída, de forma simétrica. A canção traz um elemento da cultura pop, o Batman, e relaciona-o com um elemento típico do sincretismo religioso brasileiro, a macumba. Além disso, merece destaque a construção do texto, o que reforça a relação entre o Tropicalismo e o Concretismo. Há algumas suposições quanto o desenho que é formado com a disposição da letra, já que este assemelha-se à badeira brasileira.  



O legado

 Desde de sua eclosão, o tropicalismo vem inspirando jovens artistas que surgem na música brasileira. A obra dos tropicalistas serviu como influência a diversos artistas da moderna MPB, entre eles Chico Science e a Nação Zumbi, Adriana Calconhoto, Lenine, Los Hermanos, e também o projeto Tribalista de Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown. Além das manifestações da música de periferia- como o rap e o funk- que trazem um laço forte com o tropicalismo, por conta da atitude inovadora e a quebra de preconceitos que rondam esse estilo, assim como na década de 60 era barrado a produção criativa no Brasil.

A importância do tropicalismo está no seu aspecto artisticamente inovador, que serviu para modernizar a música popular brasilera incorporando e desenvolvendo novos padrões estéticos. O disco ficou na segunda colocação dos Melhores Álbuns de Música Brasileira segundo a revista Rolling Stone, dando à esse disco o crédito devido. Um disco a cara do Brasil, com uma imensa contribuição à cultura e ao coração e alma de quem o ouve.

Caetano Veloso nasceu em Santo Amaro da Purificação em 07 de agosto de 1942. Demonstrou talento para a arte na infância, ainda no interior da Bahia, mas foi em Salvador que se tornou músico. Foi preso e exilado. Um dos artistas mais influentes de sua geração, continua ativo, compondo, fazendo shows e gravando.

Gilberto Gil nasceu em Salvador em 26 de junho de 1942. Se destacou com Os Mutantes na mesma época que criava o Tropicalismo com Caetanp. Perseguido pela Ditadura, se exilou com o parceiro. Na volta, lançou Expresso 2222, devisor de água de sua carreira. Foi Ministro da Cultura de 2003 a 2008.


Os Mutantes é uma banda brasileira de rock psicodélico formada no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais),Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais). Os Mutantes iniciou suas atividades em 1966, como um trio, quando se apresentaram em um programa da TV Record, até terminar em 1978 com apenas Sérgio Dias como integrante original.



Referência Bibliográfica: 

PAIANO, Enor. Tropicalismo:Bananas ao vento no coração do Brasil.São Paulo: Scipione, 1996.

Isabella Cristina Ribeiro Bernardes, Acadêmica do Curso de Letras-Português da Universidade Federal de Goiás (UFG)






quarta-feira, 14 de junho de 2017

Resenha - Sgt. Pepper's Lonely Heart Club Band



Em 01 de junho de 1967, os Beatles estavam lançando o que seria um dos álbuns mais importantes da história da musica pop: o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, produzido em um cenário de revoluções e mudanças do comportamento jovem e no mundo musical, onde a banda influenciou e também foi influenciada.
The Beatles, formada em 1962, em Liverpool, por Ringo Starr, George Harrison, John Lennon e Paul McCartney, inicialmente recebeu referências do Rock and Roll da década de 1950, feito por Elvis Presley, Little Richard e Chuck Berry. Com o amadurecimento musical, a banda foi assumindo outros gêneros, como o rock psicodélico e o folk, com influências vanguardistas e da música clássica. 
O álbum nasceu da brilhante ideia de Paul McCartney de assumirem a imagem de uma outra banda, um alter ego. Assim, pela primeira vez, os Beatles apareceram de bigodes e com uniformes coloridos de banda militar.  Criaram então o conjunto fictício: Sgt. Pepper’s Lonely Heart Club Band, que em português seria “A Banda dos Corações Solitários do Sargento Pimenta”. Percebemos isso logo na capa, feita pelo pop-artista britânico Peter Blake. Colorida e chamativa, a capa mostra o grupo de uniformes militares em um jardim, como se estivessem se apresentando ao ar livre, e atrás deles, uma grande plateia. A plateia é formada pelas imagens das pessoas que tiveram uma grande importância na formação pessoal de cada beatle. Entre elas estão Albert Einstein, Bob Dylan, Karl Marx e Edgar Allan Poe.
Com essa ideia, o Sgt. Pepper foi produzido para simular uma performance ao vivo da banda fictícia . A faixa de abertura, que possui o mesmo nome do disco, além de ter sons de aplausos e ruídos que se parecem os de instrumentos sendo afinados, apresenta o conjunto ao ouvinte como se estivéssemos realmente num concerto.
 A letra diz: “We're Sergeant Pepper's Lonely Hearts Club Band/ We hope you will enjoy the show”, que em português seria: "Somos A Banda do Sargento Pimenta de Corações Solitários/ Esperamos que gostem do show", essa canção aparece de novo como a penúltima faixa do álbum, porém com uma alteração na letra: Somos a banda do sargento pimenta de corações solitários e esperamos que você tenha apreciado a apresentação/Nós sentimos muito, mas é hora de ir” como se o conjunto estivesse se despedindo do público.

 O conceito de ser outra banda provavelmente surge da insatisfação dos Beatles em serem os próprios Beatles. Em 1966, eles haviam passado por momentos conturbados. Não queriam mais fazer shows, pois a gritaria das fãs era tanta que os músicos nem conseguiam se ouvir. Além disso, a declaração de John Lennon sobre o cristianismo causou muita polêmica, e críticas negativas surgiam por toda parte. Cansados, o quarteto resolveu sumir da mídia e dos palcos, assim poderiam se dedicar integralmente ao novo álbum. 



O que nos surpreende é a evolução tão radical e em tão pouco tempo. Os Beatles não eram mais aqueles mocinhos de terno que cantavam sobre o amor juvenil. Eles haviam amadurecido. As letras, passaram a ter temas mais profundos e reflexivos, e os arranjos eram  mais  trabalhados  e complexos. Essa mudança começa no álbum Rubber Soul, de 1965. Nele, o conjunto foi fortemente influenciado pelo The Freewheelin’, o segundo disco de Bob Dylan. Em próximo álbum, Revolver, de 1966, percebe-se a evolução gritante do quarteto. Com referências psicodélicas, começa então a fase onde eles experimentam, juntamente com as drogas, novas possibilidades de gravação e novos  instrumentos.



No Sgt. Pepper a banda chega ao auge de seu experimentalismo e criatividade. Entre as treze canções que mais representam, temos: A psicodélica “Lucy in the Sky with Diamonds”, composta por John Lennon apresenta letra surrealista inspirada em um sonho e um desenho de seu filho Julian. “She’s Leaving Home”, narra a historia de uma garota que foge de casa. Paul McCartney teve a ideia da letra após ler uma noticia do jornal. Para gravar esse belíssimo arranjo, foram usados apenas instrumentos de orquestra, o que não era comum em uma banda de rock.Fascinado pela cultura oriental, George Harrison compôs “Within You Without You”. Foi gravada com alguns instrumentos indianos, como a cítara e a tambura, juntamente com violinos.“Lovely Rita” é sobre uma guarda de transito. Nessa musica o quarteto usa pente e papel para fazer sons de chocalho. Na agitada “Good Morning Good Morning”, Lennon se inspirou em um comercial de cereais para fazer a letra. Na musica foram usadas fitas gravadas com sons de animais. “A Day In the Life” é a canção que fecha o álbum. A faixa foi colocada depois da reprise de despedida da banda do Sargento Pepper. Uma das musicas mais importantes do álbum, A Day in the Life é como se fosse o “bis” do show. No meio da musica ouvimos um grande ruído feito pela filarmônica de Londres, onde os músicos começavam tocando a nota mais grave dos seus instrumentos e iam crescendo para a nota mais aguda e no volume mais alto. Isso causou um efeito grandioso na música.

CEPAE - Onde tudo começou

CEPAE- Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação

Essa foto representa a UFG para mim porque foi no CEPAE onde tive o meu primeiro contato com a  Universidade Federal de Goiás. Foi ali que assisti minha primeira aula no campus, com ótimos professores e me preparei para ingressar na graduação. Eu muito aprendi neste local e desejo aprender ainda mais estudando na FL, para que no futuro possa ser uma profissional tão capaz quanto os professores que tive.

A universidade para mim!

UFG- entrada da Letras

   A entrada da faculdade representa um sonho pois todos sonham em ingressar na universidade.   Lembro-me  de várias vezes que passei por essa entrada e comentei com quem estava comigo: "Um dia estarei passando por aqui como aluna do curso de Letras"! E hoje estou cursando o 1º período de Letra-Espanhol e estou vivendo esse sonho, muito feliz e com grande expectativa.


Entrada lateral da Letras-UFG

Estar em uma Universidade renomada e que nos dá muitos recursos para o nosso conhecimento é muito honroso.  E também fazemos grandes amizades que levamos para vida toda.



Mãos, muro e 105

Considero como uma das coisas que tenho de mais preciosas em minha vida, pois é a partir delas que consigo praticar dons, como confeitaria, desenho e pintura, por meio delas posso tocar e sentir pessoas que amo, através delas foi possível tornar meu esforço realidade e cursar a faculdade que mais me identifico e que tanto anseio (Letras - Português) e se Deus abençoar, será por intermédio delas, juntamente com outros fatores que possam vir a se tornar necessários, que poderei cursar outras formações, assim como realizar futuros sonhos.
   
Esta imagem também representa a universidade para mim pelo fato de que, como atualmente utilizo o transporte público (ida e volta), na primeira vez que vim, tive dúvidas se realmente havia entrado no ônibus certo, pois nunca havia vindo à UFG de coletivo. Ao ver esse muro com o nome "CAMPUS UFG" tive a certeza de que estava no local certo e que pegaria o 105 todos os dias rsrsrs.

Child of Light - Uma obra de arte Viva

Uma obra de arte Viva

E ai galera, hoje venho trazer para vocês uma análise do jogo child of light, child of light do mesmo diretor de farcry 3, onde usa o motor ubiart framework o mesmo motor gráfico de rayman legends e rayman origins (outro jogo incrível dessa produtora),o novo game da ubisoft lançado no dia 30 de abril de 2014, veio para nos surpreender com sua temática diferenciada de arte viva, se você é um ubilover assim como eu e vários outros (ubilover são fãs da produtora Ubisoft) já estava ansioso com esse game, o jogo conta com um visual lindo e dinâmico tanto em visual como em controles, onde você irá literalmente explorar o céu e a terra nesse game.



O jogo conta a história de Aurora, filha de um grande duque da Áustria e ele com uma duquesa desconhecida teve Aurora, e essa duquesa acaba a vim falecer em 1893, e assim sozinho acaba por criar sua filha sozinho, eles eram muitos próximos até que por fim ele começa a se sentir sozinho com o passar dos anos, e acaba a pedir uma outra mulher em casamento, e em 1895 na noite de véspera da páscoa apresentam uma peça a sua madrasta e seu pai, nessa mesma noite a sua madrasta joga uma maldição em Aurora, e então ela é dada como morta, porém amiguinhos e aí que o jogo vira, Aurora acorda em uma terra desconhecida chamada de Lemuria. (Parece que o jogo virou não é mesmo ? ).

E assim a história começa a se desenvolver com a busca de Aurora para voltar pra casa, enfrentando monstros, inimigos de todos os tipos e tamanhos, tudo parecia perdido e solitário até ela encontrar um amiguinho entre as trevas, a bolinha de luz chamada de igniculus (bolinha de luz essa que lembra Navi, uma fada do game The Legend of Zelda, que tem a mesma finalidade de ajudar o jogador em sua aventura), essa bolinha de luz vai ajudar com um tipo de dinâmica diferente em game, tanto em batalhas como por andar o mapa, com ela você pode clarear o cenário e assim achar coisas escondidas pelo mapa interagindo com a obra de arte em si do game, o jogo também conta com diferentes falas dos personagens onde eles conversam por rimas e prosas, esse game é baseado em um estilo de jogo japonês conhecido como, JRPG ou japanese rolling playing game, bom é isso desejo a todos ótimas jogatinas e sensações boas com esse game, até a próxima.
Marcos Junio Pereira de Jesus
Aluno do 1º Período de Letras - Francês
Faculdade de Letras - Universidade Federal de Goiás




Lá e de volta outra vez

Casa do Bilbo construída na Nova Zelânida para o filme O Hobbit
“Numa toca no chão vivia um hobbit...” foi o que John Ronald Reuel Tolkien escreveu numa folha em branco enquanto corrigia provas de seus alunos. Mal sabia ele que essa pequena frase seria o início do que se tornaria um dos livros mais interessantes e reconhecidos da literatura infanto-juvenil. O Hobbit foi publicado em 1937. A obra foi nomeada à Medalha Carnegie e recebeu o prêmio de melhor ficção juvenil do jornal norte-americano New York Herald Tribune.

Tolkien era britânico e foi professor na universidade de Oxford, além de escritor e filólogo. Ele e o irmão Hilary eram ainda crianças quando ficaram órfãos, tendo sido criados e educados pelo Padre Francis Morgan, atendendo a um pedido feito pela mãe dos dois meninos antes de morrer. Tolkien era católico fervoroso, como sua mãe, e teve um casamento feliz com Edith Brath. Tolkien e Edith tiveram quatro filhos: John, Michael, Christopher e Priscilla. E foi justamente para seus filhos que ele escreveu O Hobbit.

O livro narra as aventuras de Bilbo Bolseiro, um hobbit abastado que tinha uma vida sossegada na Colina, na Vila dos Hobbits, até receber a inesperada visita do mago Gandalf e dos treze anões da Montanha Solitária, Erebor. Dentre os anões estava o herdeiro do trono: Thorin Escudo de Carvalho que, por sugestão de Gandalf, veio requisitar Bilbo para ajudá-los no resgate do tesouro dos anões que lhes fora roubado pelo terrível dragão Smaug.

Os hobbits eram criaturas bem pequenas, menores que anões. Eles não precisavam usar sapatos porque tinham pés grossos e peludos. Os hobbits apreciavam uma vida tranquila e feliz, boas músicas, poemas. Também gostavam de festas e presentes, de receber visitas e de fazer várias boas refeições ao dia. E se havia algo de que não gostavam era de aventuras e foi justamente em uma que Bilbo se viu metido.

Como o próprio Tolkien narra logo nas primeiras páginas do livro: “Esta é a história de como um Bolseiro teve uma aventura, e se viu fazendo e dizendo coisas totalmente inesperadas. Ele pode ter perdido o respeito dos seus vizinhos, mas ganhou... bem, vocês vão ver se ele ganhou alguma coisa no final.”

Foto de Tolkien
A escrita de Tolkien é leve e bastante descritiva. Em muitos momentos ele parece dialogar com o leitor como um avô que se senta na poltrona perto da lareira e, rodeado pelos netos e filhos, começa a contar uma história. A narrativa é composta por momentos alegres e engraçados, e Tolkien é muito bem-humorado em sua forma de escrever. Mas como a vida nem sempre é composta de momentos alegres, há também na história de Bilbo momentos de tristeza, de medo, de perigo, de mistério, de suspense, além de serem narradas batalhas épicas.

Também se percebe muito o gosto do autor pela música, que se faz presente em vários trechos do livro, como quando os anões lavam a louça de Bilbo (para desespero deste) e quando cantam uma canção sobre sua terra natal. Essas duas canções inclusive, foram melodiadas pelo compositor Howard Shore e cantadas no primeiro filme da trilogia O Hobbit, dirigida por Peter Jackson, e que você poderá ouvir assistindo aos vídeos postados ao final deste texto. Se essa adaptação do livro para o cinema foi boa ou não, já é assunto para uma outra resenha.

Utilizando de seus conhecimentos como filólogo, que é um especialista em línguas, Tolkien criou línguas para os povos da Terra Média, criada pelo escritor para ser o lugar onde se passa a história de Bilbo e posteriormente as aventuras descritas em O Senhor dos Anéis. E ele já começa esse processo em O Hobbit. No livro o escritor explica um pouco sobre essas línguas e se utiliza de runas inglesas, letras antigas entalhadas em madeira, pedra ou metal, para ilustrar a escrita misteriosa no mapa dos anões.

Uma das ilustrações de Tolkien para o livro
Tolkien também mostra no livro um outro talento seu: o desenho. Há na obra a reprodução de vários desenhos feitos pelo próprio autor para ilustrar seus livros, além de mapas que ele também gostava de desenhar. As ilustrações são de fato muito belas. A que ilustra o Senhor das Águias é uma das minhas preferidas. Quer saber quem é o Senhor da Águias? Vai ter que ler o livro.

A história de Bilbo é uma daquelas histórias que nos fazem pensar sobre as coisas que realmente têm valor na vida e que de fato tamanho não é documento. Às vezes aquelas pessoas a quem damos menos importância, por parecerem medrosas e pequenas, podem fazer coisas extraordinárias que jamais poderíamos imaginar. Nem elas mesmas.

Se você ainda não leu O Hobbit, fica a dica de leitura. Quem sabe você não se identifica, como eu, com o pequeno Bilbo Bolseiro, e descobre que você pode ser “um sujeitinho impressionável” mas ao mesmo tempo “feroz como um dragão num aperto”?

Sara Maria
É aluna da Faculdade de Letras da UFG
Fã de Tolkien, Chesterton, C. S. Lewis e Jane Austen
Gostaria muito de visitar a casa do Bilbo Bolseiro


O presente é um mistério e o futuro um enigma.



 Rebecca Stead, em seu livro “Amanhã você vai entender”, procura retratar acontecimentos que partem da premissa que o presente é um mistério e o futuro um enigma, o qual é consequência de como vivemos cada momento presente. Neste seu segundo romance juvenil, a autora foi contemplada com a Medalha Newbery de 2010, prêmio da American Library Association destinado às mais importantes contribuições norte-americanas à literatura jovem. Aliás, ao meu ver, premiação merecida, uma vez que a autora conseguiu entrelaçar em apenas 224 páginas, ficção e realidade. Publicado no Brasil pela editora Intrínseca, este romance destinado ao público adolescente, provoca em seus leitores impacto e reflexões sutis, levando-os a desvendar um mistério por meio de uma narrativa simples, capítulos curtos, enredo pouco complicado e um final genial.
  
Rebecca Stead nasceu em 16 de janeiro de 1968, cresceu na cidade de Nova York e teve a sorte de estudar numa escola primária onde podia sentar-se em uma janela - ou até mesmo debaixo de uma mesa - e ler um livro, sem ninguém para interrompê-la. Foi lendo que ela tomou paixão pela escrita. Às vezes, Rebecca inventava histórias, ou apenas anotava coisas que ouvia, como, por exemplo, piadas e fragmentos de conversas. Muito mais tarde, casou-se e formou-se em direito, trabalhando, inicialmente, como defensora pública. Apesar do trabalho, ela continuou a escrever histórias (destinadas ao público adulto) quando podia. Seu filho, acidentalmente, deixou seu laptop cair, fazendo com que todas as histórias já escritas desaparecessem em questão de segundos. Chegou a hora de escrever algo novo, algo mais alegre. Rebecca foi a uma livraria, comprou uma pilha de livros e, novamente, tomou paixão pela leitura. Foi aí que decidiu ser escritora.

Fazendo uso de uma sutileza, esta narrativa misteriosa apresenta a história de Miranda Sinclair, uma adolescente que precisa desvendar um enigma na Nova York do final da década de 1970. Com apenas 12 anos, nossa narradora mora com a mãe, mulher pequena, bondosa, e que a criou sozinha, optando por abandonar a faculdade de Direito quando engravidou. A mãe de Miranda trabalha de auxiliar legal em um escritório de advocacia e namora com um dos advogados de lá, Richard.

 Na história, Miranda e a mãe estão muito animadas com uma correspondência recebida do programa A Pirâmide de 20 Mil Dólares e começam a treinar palavras todos os dias para o dia em que estiverem competindo na televisão. Diante disso, alguns capítulos do livro começam com a frase "Coisas que..." e mais tarde descobrimos que isso é uma referência às categorias deste programa. As duas possuem uma vida não muito fácil, mas isso acaba por estabelecer um laço de união muito forte entre elas. E apesar de Miranda ser criança no livro, ter gostos que toda criança tem, ela algumas vezes é retratada como sendo muito solitária, como percebemos na página 37 do livro.

“Imagino que por nunca ter tido pai, não gostaria de ter um agora. Não se pode sentir falta de algo que nunca se teve.” – Miranda.

Entretanto, Miranda possui um grande amigo, Sal, e eles sempre fazem tudo juntos. Vão à escola juntos, ficam juntos durante o recreio, brincam juntos, voltam para casa e assistem televisão juntos, pois aproveitam que as mães trabalham fora e acabam ficando por conta própria. Mas isso muda em um certo dia, enquanto eles voltavam para casa, Sal apanha de um menino na rua chamado Marcus, sem que haja motivo para tal agressão. A partir de então, o mundo de Miranda se põe de cabeça para baixo. Sal se afasta de Miranda, evitando ao máximo falar com ela ou até mesmo ficar perto dela. Ela se vê condenada a solidão e toda a rotina divertida que compartilhava com Sal acaba se tornando chata e monótona.

O caminho da escola agora parece uma eternidade para Miranda, uma vez que está sozinha e não tem mais ninguém para conversar. Ela não entende o porquê de Sal ter se afastado tão misteriosamente, e muito menos o porquê de Marcus dar-lhe um soco sem motivos. Mas Miranda tinha que se conformar com todas aquelas mudanças, e aprender a controlar seus medos sempre que, ao voltar para casa, era necessário passar perto do maluco do bairro, a quem chamava de Homem da Gargalhada, um morador de rua inofensivo, mas que se revelará importante ao longo da história.
  
Com o passar do tempo, as mudanças vão sendo superadas por um episódio curioso. Ao chegar em casa após a aula, Miranda encontra a porta de seu apartamento destrancada, e a chave extra que ficava na mangueira de incêndio havia sumido. No entanto, apesar da curiosidade, ela releva o acontecido. Mas, em um certo dia, enquanto arrumava seu material para ir à escola, Miranda acaba encontrando um bilhete em seu livro, o qual havia pegado emprestado na biblioteca e que nem havia começado a ler. 

O conteúdo do bilhete é confuso e enigmático para que Miranda possa entender naquele momento, mas provoca questionamentos intrigantes na personagem e consequentemente no leitor. A partir deste momento, mais bilhetes vão chegando e acabam deixando Miranda intrigada. O conteúdo dos bilhetes relata fatos que acabam acontecendo e dizem coisas que só ela sabe. Aliás, os bilhetes pedem que ela escreva uma carta, aparentemente para ajudar alguém, que para sua cabecinha adolescente parece ainda mais confuso e fora de ordem, mas é todo esse mistério envolvendo os bilhetes que leva Miranda a embarcar nessa emocionante jornada, que se desenrola a cada capítulo e leva o leitor a um emocionante final.

 Enfim, com maestria, a autora conduz o leitor a desvendar os mistérios a partir das percepções de Miranda. Dona de uma escrita simples, Rebecca permite ao leitor acompanhar facilmente os acontecimentos de cada capítulo, que por sinal são bem curtos e fazem com que o livro seja devorado em uma só tarde, como ocorrido comigo, devo confessar. “Amanhã você vai entender” é dono de personagens originais, de uma trama envolvente e um final genial, que acaba provocando reflexões e deixando um gostinho de quero mais.


A autora consegue manter o leitor vidrado na história até o final, reservando uma grande surpresa, que por sinal se mantém em sigilo até as últimas páginas. E por fim, gostaria de encerrar com a seguinte reflexão proposta no livro: “O tempo é como um anel todo cravejado de brilhantes – sem começo nem fim; cada pedra um momento”, que embora pareça algo superficial e de comparação simples, quando levado a reflexão remete as nossas ações praticadas no presente e como elas podem influenciar diretamente no nosso futuro. Demonstra também como o tempo é valioso e como devemos aproveitar cada minuto, e assim sendo, a cada momento vivido uma nova história teremos para contar.

Ficou curioso (a) para desvendar o mistério, não perca tempo, pois cada minuto é valioso e eu recomendo sem qualquer dúvida, pois sei que irá te encantar e deixá-lo (a) como eu estou, completamente encantado.
 

BIBLIOGRAFIA DE APOIO

SKOOB. Biografia: Rebecca Stead. Disponível em: <https://www.skoob.com.br/autor/8308-rebecca-stead>. Acesso em: 03/06/2017.

NAJJAR, Manu. Blog – A garota da biblioteca. Resenha: Amanhã você vai entender. Disponível em: <https://garotadabiblioteca.blogspot.com.br/2015/08/resenha-amanha-voce-vai-entender-de-rebecca-stead.html>. Acesso em: 03/06/2017.

_______. Blog – Sobre Sagas. Resenha: Amanhã você vai entender. Disponível em: <http://sobresagas.com/resenha-amanha-entender/>. Acesso em: 03/06/2017.