Resenha do livro "Os Miseráveis"

O livro "Os miseráveis" do escritor Victor Hugo que também foi poeta e escreveu "Odes e Poesias Diversas”, foi casado, porém durante sua vida teve várias amantes, dentre elas Juliette Drouet, a quem ele escreveu diversos poemas. 

O autor

O autor era favorável a democracia liberal e comunitária, foi eleito deputado na Segunda República em 1848, apoiou a candidatura do príncipe Luís Napoleão mas se exilou durante o golpe de Estado que o príncipe deu em Dezembro de 1851. A partir de 1849, Victor Hugo dedicou sua obra à política, à religião e à filosofia humana e social. veu diversos poemas. 

Capa do livro

Adepto também ao romance, o livro de Victor Hugo conta a história de Jean Valjean, um homem pobre de família humilde que morava com sua irmã e a filha dela. No livro Jean por passar fome rouba um pão em uma padaria e é pego e condenado à prisão. Jean quando estava prestes a sair da cadeia tentou fugir e repetiu esse episódio por várias vezes, ficando 19 anos na prisão por roubar um simples pão. Com o desenrolar da história Jean muda de identidade e se assume como Madeleine, se torna prefeito de uma cidadezinha na Alemanha, se tornando rico e poderoso. Promete a uma amiga que cuidaria de sua filha se lhe faltasse a vida, a mãe da menina morreu e ele a adotou como sua filha, cuidou dela até que crescesse e se casasse. Após se casar as visitas eram poucas ao "pai", fazendo com que a sua falta o fizesse adoecer, Jean morreu nos braços de sua filha adotiva. E em sua lápide sem identificação e simples estava escrito “Ele dorme. Embora a sorte lhe tenha sido adversa. Ele viveu. Morreu quando perdeu seu anjo; Partiu com a mesma simplicidade; como a chegada da noite após o dia”.
   O livro "Os miseráveis" é um romance, escrito no ano de 1862, que fala sobre a injustiça social, e mesmo falando sobre esse tema, tal injustiça sobrevive até hoje, parece que o tempo não passou, quantas pessoas são presas e condenadas injustamente não é? É um tema bastante reflexivo e ainda discutido. Atualmente nas cidades do Brasil e do mundo não são raros os casos de injustiça social, o mais pobre sempre "paga o pato", casos de pessoas que são presas por engano ou confundidas com os verdadeiros suspeitos e que por não ter dinheiro para pagar um bom advogado têm que esperar a boa vontade dos juízes e delegados que muitas vezes estão desinteressados a investigar o caso. Jean Valjean é um retrato da realidade de muitas pessoas pobres e vítimas da injustiça social. 
Brida Santos